CINZA DOS OSSOS
*
Bão de Quebra
Meu pai foi catireiro;
Dos bão de quebra.
Dava a tarde, montava
O alazão coberto de tralhas
E partia.
Levava revórve, garrucha,
Pomada chinesa, relóge
De gringo, jóia de cigano,
Perfume francês, e às vezes,
O Chico, seu galo de rinha,
Ia de quebra.
Lá pelas tantas, voltava
Tonto, cercando poico
Na madrugada escura.
Diz que vendia inté a mãe,
Só não entregava.
*
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