CINZA DOS OSSOS
*
Anônima Vida
Não consto na vida que vivo
Vida de faz de conta vai levando
Que amanhã tudo se resolverá
Clandestinidade
do corpo na carne dos dias
Vida sem barulho de passos
Passo sem ritmo e rumo
Levado no vendaval
Seguindo todos os mapas
Em quaisquer direções
Vida sem marca patente
No corpo de alguém
Que pode a qualquer momento
Alagar tudo em volta
De sangue incolor
E afogar todo mundo
Sem vestígio de crime
Sem ódio nem compaixão
*
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