CINZA DOS OSSOS
*
Inocência
Todos me matam
E eu tenho por dever
Que agradecer a todos
Pela parcela de morte
Que me fornecem
Nos anticoncepcionais
E nas balas, pedidas ou não.
Assim sou aquele
Que tomba a todo instante
E que é encontrado arrastando
Os seus próprios restos
Por entre os escombros
De nossas aventuras,
Mas que por desconhecer
A própria fragilidade,
Desconhece também o medo...
*
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