quinta-feira, 30 de abril de 2015

MORBIDEZ / CINZA DOS OSSOS * Antonio Cabral Filho - Rj

CINZA DOS OSSOS
*
Morbidez

Meu poema e eu
Somos como o amor
De Rometa e Julieu.
Só nos sentimos bem
Graças à comoção
Que vitimou Orfeu.

É como sofrer do mal
Que sofrem o boi
E o olho do dono:
Sem o outro,
Um não é nada.

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